O Pai é fé, amor e justiça.
Diante de uma adversidade eu costumava pensar: como é difícil ter fé, sentir amor e ser justo! E dúvida de mim mesma se um dia conseguiria...
Sei que embora esteja “distante” do Pai, faço parte dele. Então, partindo desta lógica, a fé, o amor e a justiça já estão em mim, portanto deveria ser fácil agir a favor do que é inerente a nós mesmos. Difícil é a gente agir com violência!
Veja o esforço necessário para agredir alguém, a força necessária para bater, até para se defender. Nosso corpo se contrai, a expressão facial se modifica e os batimentos cardíacos aceleram. Quando alguém pretende prejudicar/desmoralizar o outro, perceba como esta pessoa seleciona as palavras. No entanto, em uma atitude de afeto, palavras não são sequer necessárias! Alguém que nega a existência de Deus precisa negar antes aquilo que ela sente, então procura uma série de argumentos para justificar a si própria. Alguém que julga precisa se reafirmar ou reafirmar sua posição a todo o momento para não entrar em contradição.
Outro exemplo bem simples: alguém ansioso desconta na comida e exagera, depois sente culpa e o corpo acaba denunciando: quilos a mais (acabo eu mesma de me identificar...). Perceba a violência e a conseqüência física que a culpa é capaz de gerar. Se respeitássemos a vontade do nosso corpo, iríamos nutri-lo adequadamente, sem exageros e teríamos um corpo saudável. Mas alguns preferem, de certa maneira, destruir-se aos poucos. O exemplo da comida é realmente simplório e parece um exagero da maneira como coloquei a palavra “destruir”, mas considere que esta mesma situação pode ser aplicada as drogas, ao cigarro, as bebidas alcoólicas e a qualquer outro estimulante.
O que estou tentando dizer é que gastamos muito mais energia ao sermos violentos (com os outros ou com nós mesmos), enquanto seria muito mais natural se agíssemos com serenidade. Embora tente fazer minha parte, sei que não pratico fé, amor e justiça. Mas pelo menos não duvido ser capaz.
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